Durante as últimas duas décadas, João Maria Gusmão desenvolveu, em colaboração com Pedro Paiva, um conjunto enigmático e complexo de práticas que vão do cinema experimental, passando pela escultura e pela fotografia, até a literatura, curadoria de exposições e edição de livros. O seu trabalho mais notável assume a forma de instalações imersivas feitas a partir de projeções de filmes analógicos de 16mm. Seu vocabulário visual reúne referências ao imaginário da literatura e da filosofia contemporâneas. As suas esculturas de bronze utilizam fundações esquemáticas simplificadas para criar figuras. O artista modela não as próprias peças, mas seus moldes, um recurso que abre possibilidades aleatórias.