Desde os anos 1980, Luiz Zerbini desenvolve um vocabulário visual de cores vibrantes, motivos geométricos ou gestuais ora empregados para a figuração, ora para a abstração. Seja em suas pinturas, instalações ou desenhos, no seu processo as formas desmembram-se em traços sinuosos que evocam a vegetação tropical ou revelam ricas padronagens criadas a partir de texturas variadas. O artista produz monotipias a partir de impressões com frondes, fibras, caules, folhas e galhos, articulando os resultados inesperados da prensa com o repertório formal e desenho natural do mundo vegetal. Com sua paleta sedutora e esmero técnico, os assuntos tratados por Zerbini vão desde o vegetal ao sociohistórico, passando pelo cotidiano individual ou coletivo.